domingo, 27 de março de 2011

Estimulos Discriminativos (SD) "Fotos"

Na pele e na atitude, os Estímulos Discriminativos (SD), registrados por fotógrafo nas “Gangues” Latinas de Los Angeles USA.


As tatuagens surgem como acabamento artístico de um contínuo processo de busca pelo ideal estético envolvendo a encenação pública e a encarnação dos papéis inerentes à dinâmica social Se corpos musculosos “pavoneiam” (Foucault, 1990:9) pelos cenários repletos de espelhos, halteres e máquinas de exercícios, as tatuagens conferem a estes corpos o paroxismo de visibilidade que lhes são inerentes. Ela mobiliza olhares, reflete sentimentos, classifica e ordena subjetivamente o fluxo intermitente de indivíduos que lhe servem de tela e que nela buscam uma distinção. Formando uma espécie de linguagem bodybuilder, os desenhos da epiderme apresentam uma gramática que possibilita organizar o regime da visibilidade institucional. Portanto, a tatuagem, do ponto de vista sociológico, é uma linguagem que

“está intimamente ligada à organização social:[apresentando] motivos e temas [que] servem para exprimir diferenças de posição, privilégios de nobreza e graus de prestígio...” (Lévi-Strauss,1975:292)

Leia Mais: Cesar Sabino, o O peso da Forma (2004)

fonte: http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d20-csabino.pdf









































credito das fotos : ANDRES HERREN


BRASIL



Apesar do aumento constatado e/ou presumido do uso de tatuagem, é possível que tal prática seja vista ainda com reserva por algumas pessoas, sugerindo que pode ser uma “coisa” de grupos marginalizados, levando a reações negativas e preconceituosas frente àqueles que usam esse adorno no corpo (Estephen, Durkin, Parry, Turbett, & Odgers, 1996; Stuppy, Armstrong, & CasalsAriet, 1998). Portanto, usar tatuagem pode ser motivo de conflito interpessoal, discriminação e exclusão social por parte de alguns. Mas, quem são as pessoas que se mostram contrárias ao uso de tatuagem? A resposta para essa pergunta pode ser dada, por exemplo, a partir da caracterização demográfica de tais pessoas. Não obstante, considerando ser esse um posicionamento “moralista”, tradicional, parece igualmente necessário conhecer em que medida suas prioridades axiológicas poderiam contribuir para explicar tal rejeição ao uso de tatuagem

leia mais: Gouveia, V. V., Medeiros, E. D., Mendes, L. A. C., Vione, K. C., & Athayde, R. A. A. “Correlatos valorativos de atitudes frente à tatuagem”(2010)

http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n3/v22n3a08.pdf

sábado, 26 de março de 2011

Mãe americana cria polêmica no mundo todo ao declarar que ama mais um dos filhos.

Afinal, existe o tal amor incondicional, inato a natureza feminina? Ou não?




Será possível um pai ou uma mãe amar mais um filho do que o outro? Muitos irmãos dizem que sim.

A discussão antiga voltou à tona nesta semana quando esta americana admitiu que ama mais o filho de um ano e oito meses do que a filha de três anos. A mulher conta que ficou doente quando a filha nasceu e não pôde ficar ao lado do bebê. Já o filho, foi entregue a ela após o nascimento. ( g1.globo.com/jornal-hoje)

O LUGAR DO SENTIMENTO NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

B.F.Skinner

Um crítico disse que, para um behaviorista, “Eu o amo” significa “Você me reforça”. Bons comportamentalistas diriam: “Você reforça meu comportamento”, e não “Você me reforça”, porque é o comportamento, não a pessoa que se comporta, que é reforçado, no sentido de ser fortalecido; mas eles diriam muito mais. Existe, sem dúvida, um elemento reforçador no amor. Tudo o que os amantes fazem, no sentido de ficarem juntos ou de evitarem a separação, é reforçado por essas conseqüências e é por isso que eles passam juntos o maior tempo possível. Descrevemos o efeito privado de um reforçador quando dizemos que ele “nos dá prazer” ou “faz com que nos sintamos bem” e, nesse sentido, “Eu o amo” significa “Você me dá prazer ou me faz sentir-me bem”. Mas, as contingências responsáveis pelo que é sentido devem ser mais analisadas. Os gregos tinham três palavras para amor, e elas ainda são úteis. Psicólogos mentalistas podem tentar distingui-las, atentando para o sentimento do amor, mas podese aprender muito mais a partir das contingências relevantes de seleção, não só da seleção natural, como do reforçamento operante. Eros é usualmente empregada significando amor sexual e dela, sem dúvida, em parte deriva a palavra erótica. Essa é aquela parte do fazer amor que deriva da seleção natural; nós a compartilhamos com outras espécies. (Várias formas de amor parental também são devidas à seleção natural e são igualmente exemplos de eros. Chamar o amor materno de erótico não é o mesmo que chamá-lo de sexual.) Fazer amor erótico também pode ser modificado por condicionamento operante, mas uma conexão genética sobrevive, porque a suscetibilidade ao reforçamento por contato sexual é um traço evolutivo. (Variações que fizeram com que certos indivíduos se tornassem mais suscetíveis terão aumentado sua atividade sexual e, por conseguinte, sua contribuição para o futuro da espécie.) Em muitas outras espécies, a tendência genética é a mais forte. Rituais de corte e estilos de cópula variam pouco de indivíduo para indivíduo e, geralmente, são relacionados a tempos ótimos para concepção e às melhores estações para se cuidar do recém-nascido. No Homo sapiens predomina o reforçamento sexual, que permite muito maior freqüência e variedade de formas de fazer amor.

Delitti e Meyer (in Rangé, 1995), apontam para o fato de que, “sentir e descrever o que os sentimentos são certamente comportamentos universais, ocorrendo em todas as culturas através dos tempos. Esta seria uma indicação de que devem ter um valor de sobrevivência para a espécie e cultura humanas”(pág.270).

Relatam também que o sentimento se torna uma pista para a realização Sentir não é agir, a ação é resultado de uma escolha. Sentir é a interação do organismo – sujeito com o ambiente. Para que se compreenda essa interação existe uma palavra chave: a comunicação. O sentimento só se torna passível de análise funcional se ele é, de alguma forma, comunicado, caso contrário não há como acessá-lo. Segundo Tourinho (1999), colocar o sentimento como elemento importante na ciência do comportamento não significa que o comportamentalista adote o mentalismo, nem tão pouco reduz fenômenos comportamentais a fenômenos fisiológicos. A análise continua sendo feita através da relação do organismo com as variáveis externas.

Skinner, B.F. (1991). Questões recentes na análise comportamental http://www.terapiaporcontingencias.com.br/pdf/skinner/lugar_sentimento.pdf

Sílvia Cristina Alves Andretta ( ?) O LUGAR DO SENTIMENTO NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: UMA FORMA DE COMPREENSÃO http://www.nepacc.com.br/o_lugar_dos_sentimentos_na_anlise_do_comportamento.pdf

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/03/mae-americana-cria-polemica-ao-declarar-que-ama-mais-um-dos-filhos.html

sexta-feira, 25 de março de 2011

Cerimonia "Gótica"- Moda, estilo de vida ou contracontrole ?......... (Fotos, 45)

O QUE É O CONTRACONTROLE?

Skinner (1981), em seu livro "Ciência e Comportamento Humano", aborda criticamente diversas agências controladoras presentes na atualidade, tais como: o governo e lei, a religião, a psicoterapia, o controle econômico e a educação, explicando seu poder de controle através de uma análise das relações funcionais estabelecidas nestas agências. Sendo o tema bastante extenso, abordaremos apenas o Governo e a Lei neste trabalho. Ao discutir as agências controladoras, e mais especificamente o governo e a lei, Skinner preocupou-se com certas espécies de poder, sobre as variáveis que afetam o comportamento humano e com as práticas controladoras que podem ser empregadas por causa deste poder, pois na verdade, uma agência controladora, juntamente com os indivíduos que controla, constitui um sistema social.

"O contracontrole ocorre quando os controlados escapam ao controlador- pondo-se fora do seu alcance, se for uma pessoa; deserdando de um governo; apostasiando[fuga, renúncia]de uma religião; demitindo-se ou mandriando[ indolência] - ou então atacam a fim de enfraquecer ou destruir o poder controlador, como numa revolução, numa reforma, numa greve ou num protesto estudantil. Em outras palavras, eles se opõem ao controle com contracontrole".

Skinner (1983), afirma que, "infelizmente, nós chegamos à conclusão de que todo controle é errado, que é algo de que devemos fugir. Nós não reconhecemos o fato de que nós também somos controlados quando fazemos o que queremos, quando nos sentimos livres"

Skinner enfatiza que o reforçamento positivo se diferencia do controle aversivo pelo fato de que o último produz esquiva ou fuga, o que não ocorre no caso do primeiro. Nas situações em que o reforçamento positivo está presente, emerge, então, o chamado "sentimento de liberdade" (uma espécie de "conforto interior"), mas a ênfase neste "sentimento" tende a obscurecer o mais importante a ser observado: o tipo de controle produzido. Sobre este problema, afirma Skinner:

O fato importante não é que nos sentimos livres quando somos reforçados positivamente, mas que nós não tendemos a fugir ou contra-atacar. Sentir-se livre é um importante indicador de um tipo de controle que se distingue pelo fato de que não produz contra-controle (Skinner, 1974, p. 197).

A ênfase no "sentimento de liberdade" falha em perceber aspectos da maior relevância no controle do comportamento humano. A ausência de uma tendência a fuga ou contra-controle é, mais do que o sentimento a ela associado, a característica a ser enfatizada do reforçamento positivo. Isso porque, para Skinner, conseqüências aversivas retardadas podem estar envolvidas no controle por reforçamento positivo, sem que sejam claramente notadas ou enfatizadas, em virtude de sua distância temporal do comportamento em questão. Dentre os diversos exemplos enumerados por Skinner a este respeito, podemos destacar dois: no primeiro, a prática governamental de, em vez de criar novos impostos, instituir novas loterias. O resultado, segundo Skinner, "... é o mesmo: os cidadãos dão dinheiro ao governo, mas sentem-se livres e não protestam no segundo caso. Todavia, estão sendo controlados, tão poderosamente quanto [seriam] pela ameaça de punição..," (Skinner, 1974, p. 198).

Emmanuel Zagury Tourinho, “Individualismo, Behaviorismo e História”

Fonte:http://pepsic.homolog.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1993000200002&lng=pt&nrm=iss&tlng=pt.

Lídia Natália Dobrianskyj WeberAlgumas notas sobre o conceito de poder em Skinner”