Na pele e na atitude, os Estímulos Discriminativos (SD), registrados por fotógrafo nas “Gangues” Latinas de Los Angeles USA.
As tatuagens surgem como acabamento artístico de um contínuo processo de busca pelo ideal estético envolvendo a encenação pública e a encarnação dos papéis inerentes à dinâmica social Se corpos musculosos “pavoneiam” (Foucault, 1990:9) pelos cenários repletos de espelhos, halteres e máquinas de exercícios, as tatuagens conferem a estes corpos o paroxismo de visibilidade que lhes são inerentes. Ela mobiliza olhares, reflete sentimentos, classifica e ordena subjetivamente o fluxo intermitente de indivíduos que lhe servem de tela e que nela buscam uma distinção. Formando uma espécie de linguagem bodybuilder, os desenhos da epiderme apresentam uma gramática que possibilita organizar o regime da visibilidade institucional. Portanto, a tatuagem, do ponto de vista sociológico, é uma linguagem que
“está intimamente ligada à organização social:[apresentando] motivos e temas [que] servem para exprimir diferenças de posição, privilégios de nobreza e graus de prestígio...” (Lévi-Strauss,1975:292)
fonte: http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d20-csabino.pdf
Apesar do aumento constatado e/ou presumido do uso de tatuagem, é possível que tal prática seja vista ainda com reserva por algumas pessoas, sugerindo que pode ser uma “coisa” de grupos marginalizados, levando a reações negativas e preconceituosas frente àqueles que usam esse adorno no corpo (Estephen, Durkin, Parry, Turbett, & Odgers, 1996; Stuppy, Armstrong, & CasalsAriet, 1998). Portanto, usar tatuagem pode ser motivo de conflito interpessoal, discriminação e exclusão social por parte de alguns. Mas, quem são as pessoas que se mostram contrárias ao uso de tatuagem? A resposta para essa pergunta pode ser dada, por exemplo, a partir da caracterização demográfica de tais pessoas. Não obstante, considerando ser esse um posicionamento “moralista”, tradicional, parece igualmente necessário conhecer em que medida suas prioridades axiológicas poderiam contribuir para explicar tal rejeição ao uso de tatuagem
leia mais: Gouveia, V. V., Medeiros, E. D., Mendes, L. A. C., Vione, K. C., & Athayde, R. A. A. “Correlatos valorativos de atitudes frente à tatuagem”(2010)
http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n3/v22n3a08.pdf