sábado, 26 de março de 2011

Mãe americana cria polêmica no mundo todo ao declarar que ama mais um dos filhos.

Afinal, existe o tal amor incondicional, inato a natureza feminina? Ou não?




Será possível um pai ou uma mãe amar mais um filho do que o outro? Muitos irmãos dizem que sim.

A discussão antiga voltou à tona nesta semana quando esta americana admitiu que ama mais o filho de um ano e oito meses do que a filha de três anos. A mulher conta que ficou doente quando a filha nasceu e não pôde ficar ao lado do bebê. Já o filho, foi entregue a ela após o nascimento. ( g1.globo.com/jornal-hoje)

O LUGAR DO SENTIMENTO NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

B.F.Skinner

Um crítico disse que, para um behaviorista, “Eu o amo” significa “Você me reforça”. Bons comportamentalistas diriam: “Você reforça meu comportamento”, e não “Você me reforça”, porque é o comportamento, não a pessoa que se comporta, que é reforçado, no sentido de ser fortalecido; mas eles diriam muito mais. Existe, sem dúvida, um elemento reforçador no amor. Tudo o que os amantes fazem, no sentido de ficarem juntos ou de evitarem a separação, é reforçado por essas conseqüências e é por isso que eles passam juntos o maior tempo possível. Descrevemos o efeito privado de um reforçador quando dizemos que ele “nos dá prazer” ou “faz com que nos sintamos bem” e, nesse sentido, “Eu o amo” significa “Você me dá prazer ou me faz sentir-me bem”. Mas, as contingências responsáveis pelo que é sentido devem ser mais analisadas. Os gregos tinham três palavras para amor, e elas ainda são úteis. Psicólogos mentalistas podem tentar distingui-las, atentando para o sentimento do amor, mas podese aprender muito mais a partir das contingências relevantes de seleção, não só da seleção natural, como do reforçamento operante. Eros é usualmente empregada significando amor sexual e dela, sem dúvida, em parte deriva a palavra erótica. Essa é aquela parte do fazer amor que deriva da seleção natural; nós a compartilhamos com outras espécies. (Várias formas de amor parental também são devidas à seleção natural e são igualmente exemplos de eros. Chamar o amor materno de erótico não é o mesmo que chamá-lo de sexual.) Fazer amor erótico também pode ser modificado por condicionamento operante, mas uma conexão genética sobrevive, porque a suscetibilidade ao reforçamento por contato sexual é um traço evolutivo. (Variações que fizeram com que certos indivíduos se tornassem mais suscetíveis terão aumentado sua atividade sexual e, por conseguinte, sua contribuição para o futuro da espécie.) Em muitas outras espécies, a tendência genética é a mais forte. Rituais de corte e estilos de cópula variam pouco de indivíduo para indivíduo e, geralmente, são relacionados a tempos ótimos para concepção e às melhores estações para se cuidar do recém-nascido. No Homo sapiens predomina o reforçamento sexual, que permite muito maior freqüência e variedade de formas de fazer amor.

Delitti e Meyer (in Rangé, 1995), apontam para o fato de que, “sentir e descrever o que os sentimentos são certamente comportamentos universais, ocorrendo em todas as culturas através dos tempos. Esta seria uma indicação de que devem ter um valor de sobrevivência para a espécie e cultura humanas”(pág.270).

Relatam também que o sentimento se torna uma pista para a realização Sentir não é agir, a ação é resultado de uma escolha. Sentir é a interação do organismo – sujeito com o ambiente. Para que se compreenda essa interação existe uma palavra chave: a comunicação. O sentimento só se torna passível de análise funcional se ele é, de alguma forma, comunicado, caso contrário não há como acessá-lo. Segundo Tourinho (1999), colocar o sentimento como elemento importante na ciência do comportamento não significa que o comportamentalista adote o mentalismo, nem tão pouco reduz fenômenos comportamentais a fenômenos fisiológicos. A análise continua sendo feita através da relação do organismo com as variáveis externas.

Skinner, B.F. (1991). Questões recentes na análise comportamental http://www.terapiaporcontingencias.com.br/pdf/skinner/lugar_sentimento.pdf

Sílvia Cristina Alves Andretta ( ?) O LUGAR DO SENTIMENTO NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: UMA FORMA DE COMPREENSÃO http://www.nepacc.com.br/o_lugar_dos_sentimentos_na_anlise_do_comportamento.pdf

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/03/mae-americana-cria-polemica-ao-declarar-que-ama-mais-um-dos-filhos.html